Tempestade de Amor
Xará, Cabriúva e Hélio Jardim
Diz que águas passadas não movem moinhos
Mas isso é mentira, eu posso provar
O ciclo das águas demonstra a verdade
Que água que passa pode retornar
Pois águas passadas transformam-se em nuvens
Que vem novamente cair sobre o chão
Tal qual a lembrança de amores passados
Que um dia retornam para o coração
Quando essas lembranças retornam ao meu peito
Cobrindo de nuvens meu céu interior
Revejo a imagem da mulher amada
Numa tempestade de sublime amor
Então nessas horas de longo martírio
Num mar de saudade sucumbe minha calma
E quando compreendo que ela não volta
Derramo torrentes de pranto da alma
Se as águas retornam ao leito do rio
Se até o filho pródigo retorna ao seu lar
Se as aves retornam para o ninho antigo
Por que minha amada não pode voltar?
Essa tempestade de amor me enlouquece
Mas se ela voltar será tudo esplendor
Terei em seus olhos o Sol da esperança
E a eterna bonança em seus beijos de amor
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