Luta, Pt. II
Síntese
Então vai
Vou pra missão que a vida é luta
Vamo rasgando a Dutra
De passagem
Pegar o que é meu
Dar o que é de Deus
Um feixe de luz na sauna escura
Pros que tão a procura, aponto a busca
Aprendi ser iluminado
Já que brilho se ofusca
E não voltar de mão e mente vazia
Tempestade e calmaria
Um bom chá pra essa asia
E dispô pra queda brusca
Senso abaixo, monstros ao redor
Coisa nossa
Mano, é coisa nossa
Matéria prima consciência
Auto estima e veemência assusta
Quem sente, sente, não é viagem
Sem rumar linha nem margem
O estilo é livre
No agora já estive há um tempo atrás
Depois foi fuga de Alcatraz
Pó e alcatrão no jazz, foi
Vivo o depois do desencanto
De um durante sangue e pranto
No mangue Brasil
Capital hostil
Chão de terra e arranha céu
Rasgo o véu, quem viu?
Quem viu? Quem viu?
Para além do alcance visual
Me embriaguei de transparência
E gorfei no pódio real
Só de ida
Sintetizando a vida num distúrbio verbal
Sem aval pra tiro a esmo
Morro e nasço o mesmo
Só por ter pronde voltar
Família grande
Assim como o universo
A mente expande
Em volta ao fogo sigo a dança dos planetas
Vão na vereda que rasga o sertão
Atraindo semelhantes na odisséia, sã
Sangue azul do clã, legítimo
O entendimento é íntimo, não adianta
Surta ou canta
Surta e canta
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